Esse mapeamento destaca episódios relacionados à privatização, militarização e sucateamento do sistema educacional, evidenciando como essas políticas impactam negativamente o ambiente escolar. Através da coleta de relatos, denúncias e testemunhos de estudantes, professores, mães e demais integrantes das comunidades escolares, o mapa busca dar visibilidade a situações muitas vezes ignoradas ou subnotificadas.
Ao reunir essas informações, o mapa servirá como ferramenta de mobilização social, permitindo que a sociedade civil, organizações e movimentos sociais possam pressionar por políticas públicas que garantam uma educação pública de qualidade, democrática, laica, segura e inclusiva para todos e todas.
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Veja alguns dos casos
PM ataca estudantes e ato contra demissão de 19 professores acaba com três detidos em SP
Uma manifestação pacífica de estudantes da Escola Estadual José Vieira de Morais, no bairro Rio Bonito, zona Sul de São Paulo, terminou nesta quarta-feira (13) com repressão por parte da Polícia Militar e três pessoas detidas.
Os estudantes lutavam contra a demissão de 19 professores da escola, após decisão da diretora Márcia Alencar, sustentada pela Resolução 77/2024 da Secretaria da Educação do Estado (Seduc), que trata do processo de realocação e transferência das escolas PEI (Programa de Ensino Integral).
"Intervenção" da Prefeitura na EMEI Pagu durante greve dos professores
Em 24 de abril de 2025, a EMEI Patrícia Galvão recebeu a visita de três representantes da DRE Ipiranga, que, sem registrar termo de visita, alegaram denúncia sobre o funcionamento da unidade durante a greve e verificaram a presença dos funcionários. A diretora manifestou indignação, ressaltando que os reais problemas da escola decorrem de condições precárias, como salas inadequadas, falta de acessibilidade, saneamento deficiente, ausência de internet e estrutura incompatível com a Educação Infantil. Ela afirmou que a greve busca denunciar essa realidade e defender a escola pública, pedindo apoio da comunidade e das instituições para impedir o fechamento da unidade.
Tentativa de fechamento da Escola Estadual Vladimir Herzog
Denúncias recentes vindas da comunidade do entorno da E.E. Vladimir Herzog, localizada no centro de São Bernardo do Campo, revelaram que a tradicional e icônica escola corre o risco de ser extinta.
Sem maiores explicações por parte da gestão ou da Diretoria de Ensino, professores, alunos e comunidade escolar foram informados que entre 17 e 28 de fevereiro, as aulas aconteceriam de forma remota pelo Centro de Mídias, com os professores trabalhando em regime de home office. Após o dia 6 de março, as turmas foram dividias e transferidas para duas unidades escolar, com o Ensino Fundamental passando a funcionar na E.E. Lauro Gomes, e o Ensino Médio na E.E. Amadeu Olivério, ambas na região do Rudge Ramos.
Estudantes protestam contra desmonte das ETECs por Tarcísio: “Quer justificar a privatização”
Estudantes das Escolas Técnicas do Estado de São Paulo realizaram um ato em frente ao Centro Paula Souza para denunciar o grave processo de sucateamento das ETECs durante o governo Tarcísio de Freitas. As denúncias incluem tetos caindo, alagamentos, mofo, infestação de pragas, falta de merenda, ausência de professores e infraestrutura precária até mesmo em prédios mais novos. Lideranças estudantis relataram situações alarmantes em diversas unidades, afirmando que o desmonte compromete diretamente o direito à educação. A mobilização, organizada pela UMES, exige resposta imediata do governo e promete continuar até que as condições de ensino sejam dignas e garantidas.
Veja o Mapa do Assédio e Violências nas escolas públicas de São Paulo
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Créditos:
O Mapa do Assédio e Violências nas Escolas Públicas de São Paulo é uma iniciativa que visa documentar e denunciar casos de ataques, abusos, assédios e outras formas de violência ocorridas nas escolas públicas da cidade.