EDITORIAL
Encare a Nova Era do Alpinismo Industrial: você realmente tem todas as informações que precisa para se desenvolver?
Vivemos um ponto de inflexão no alpinismo industrial. Se antes bastava dominar as técnicas de acesso por corda e cumprir um conjunto básico de treinamentos, hoje a realidade exige um repertório muito mais amplo: exige conhecimento – técnico, jurídico e estratégico.
A evolução do setor trouxe novas normas, tecnologias e responsabilidades. Não se trata apenas de atender à NR-35, Anexo 1 - Acesso por Corda, ou de apresentar certificados. O alpinismo industrial está inserido em um ecossistema normativo complexo, que conecta segurança do trabalho, legislação previdenciária, responsabilidade civil e criminal, além de aspectos ambientais e de governança (ESG). Cada contrato, cada operação em altura, carrega implicações legais que podem impactar empresas e trabalhadores por anos.
Para as empresas contratantes, isso significa que a escolha de fornecedores não pode se basear apenas em preço ou prazo. É preciso avaliar a solidez jurídica, a atualização técnica e a cultura de prevenção de quem executa o serviço. Um fornecedor despreparado pode representar riscos de acidentes, multas, paralisações e danos irreversíveis à reputação corporativa.
Para os profissionais, a nova era é um convite – e um alerta – para assumir o protagonismo da própria carreira. Capacitação contínua não é mais opcional. É essencial buscar atualização não apenas em técnicas de corda, mas também em leitura crítica de normas, gestão de riscos e direitos trabalhistas. Conhecer a legislação, compreender contratos e interpretar laudos são competências que se tornaram tão vitais quanto o domínio de nós e ancoragens.
Essa transformação reflete uma mudança global: a segurança deixou de ser apenas um protocolo para se tornar parte da estratégia de negócios e da cultura de trabalho. Empresas que valorizam a informação como ferramenta de prevenção constroem equipes mais preparadas, reduzem acidentes e ganham vantagem competitiva.
Estamos, de fato, diante de uma nova era. Uma era em que informação é também equipamento de proteção. Em que a atualização constante salva vidas, evita litígios e fortalece o futuro de toda a cadeia produtiva do alpinismo industrial. Que este editorial seja, portanto, mais que uma apresentação da revista: seja um chamado para que profissionais e organizações compreendam que informação, além de conhecimento, é cuidado. E cuidado salva vidas.
Boa leitura!
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Empresas contratantes: o risco de ignorar a legislação
Contratar serviços de alpinismo industrial é muito mais do que fechar um orçamento ou escolher o fornecedor com melhor prazo. É uma decisão estratégica, jurídica e social, capaz de impactar a saúde financeira da empresa, a reputação da marca e, principalmente, a vida de trabalhadores que operam em condições de risco elevado.
Em um cenário de obras complexas, manutenção de estruturas críticas e inspeções em áreas de difícil acesso, o alpinismo industrial deixou de ser uma solução alternativa e se tornou parte essencial da infraestrutura de setores como energia, petróleo e gás, telecomunicações, construção civil e indústrias de grande porte. Essa relevância trouxe também novas camadas de responsabilidade.
Ignorar a legislação significa abrir espaço para acidentes graves, paralisações inesperadas, processos trabalhistas, multas milionárias e até responsabilização criminal de executivos e gestores. E o risco não se limita à execução: a simples assinatura de um contrato com um fornecedor inadequado já coloca a empresa contratante em posição de corresponsabilidade.
Muitos gestores ainda encaram o acesso por corda apenas como uma alternativa prática e econômica para serviços em altura. No entanto, a economia imediata pode se converter em um passivo imenso se a empresa não cumprir – e não fiscalizar – a legislação aplicável. Segurança em altura é um investimento em prevenção e continuidade do negócio, não um custo supérfluo.
Além da NR-35, Anexo 1 - Acesso por Corda...
A NR-35, Anexo 1, que estabelece requisitos mínimos para o trabalho em altura, é apenas o primeiro degrau de uma escada regulatória ampla. O alpinismo industrial é atravessado por diversas normas e legislações que, juntas, formam um ecossistema de obrigações:
NR-1 – Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) e Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), exigindo planejamento e controle permanente.
NR-4 – Regras para atuação do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho).
NR-6 – Responsabilidades sobre Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e sua rastreabilidade.
NR-18 – Condições de segurança na construção civil, muitas vezes palco das operações de acesso por corda.
NR-37 – Exigências específicas para atividades em plataformas de petróleo.
Lembre-se: leis previdenciárias e civis estabelecem a responsabilidade solidária, tornando a empresa contratante legalmente responsável mesmo que a falha seja exclusivamente do fornecedor.
O que isso significa na prática?
- Responsabilidade solidária: se ocorre um acidente, o contratante responde legal e financeiramente, mesmo sem ter participado da execução.
- Negligência comprovada: a ausência de auditoria prévia ou de verificação documental pode ser entendida como omissão deliberada.
- Falso barato: a economia gerada por escolher a proposta mais barata, mas sem requisitos legais, pode se transformar em prejuízos milionários, danos à marca e perda de contratos futuros.
Como mitigar riscos de forma efetiva:
Exigir documentação completa
Solicite e verifique laudos e programas obrigatórios, como PGR, PCMSO, PPRA, ASOs, certificados de treinamento NR-35- Anexo 1 e NR-1, ARTs de engenharia e plano de resgate detalhado.
- Avaliar a capacitação contínua
Confirme se os profissionais recebem treinamento periódico e atualização técnica, inclusive em primeiros socorros e salvamento.
- Realizar auditorias de conformidade contínuas
Conduza visitas técnicas e checagens de campo antes da assinatura do contrato para garantir que os procedimentos de segurança são de fato aplicados.
- Incluir cláusulas contratuais robustas
Estabeleça no contrato responsabilidades específicas de segurança, penalidades e exigências de comprovação periódica de conformidade.
- Escolha fornecedores com cultura de segurança
Priorize empresas que tratam a legislação e a prevenção como parte de sua identidade organizacional — e não apenas como obrigação burocrática.
Cumprir a lei não é um mero ato de conformidade: é um compromisso com a preservação da vida, a proteção da reputação corporativa e a sustentabilidade do negócio.
No alpinismo industrial, a negligência não se mede apenas em cifras — mede-se em riscos humanos.
A decisão de contratar é, portanto, um exercício de responsabilidade: a segurança começa na escolha do fornecedor.
Dicas das Alturas
Atenção aos procedimentos básicos para crescer na carreira do alpinismo industrial.
Ser um bom profissional de acesso por corda vai muito além da destreza nas manobras ou do preparo físico.
O mercado atual valoriza quem combina técnica, responsabilidade e conhecimento legal, pois a segurança em altura é também uma construção de informação e atitude.
Confira, a seguir, orientações fundamentais para fortalecer sua carreira e se proteger em um setor que exige precisão e atualização constante.
1. Estude além do básico
Dominar a NR-35- Anexo 1 é apenas o primeiro passo. Amplie sua formação conhecendo também a NR-1 (Gerenciamento de Riscos), a NR-6 (Equipamentos de Proteção Individual) e outras normas que podem impactar diretamente a sua rotina, como NR-4 (SESMT) ou NR-18 (Construção Civil).
Esse conhecimento não serve apenas para “passar em auditorias”: ele ajuda você a identificar falhas, prevenir acidentes e dialogar com empregadores de igual para igual, demonstrando profissionalismo e consciência das próprias responsabilidades.
2. Entenda seus direitos
Cada norma trabalhista e de segurança descreve obrigações claras do empregador.
Saber que a empresa deve fornecer EPIs certificados, treinamento periódico, exames médicos ocupacionais (ASO) e cobertura previdenciária adequada é uma forma de autoproteção.
Quando você conhece seus direitos, evita ser colocado em condições inseguras, recusa tarefas que violem a lei e fortalece a cultura de segurança do time, mostrando que cuidar da própria integridade é também zelar pela de todos.
3. Valorize a documentação
Documentos são sua defesa. Guarde certificados de treinamento, registros de reciclagem, ASOs e laudos de saúde ocupacional, e exija que cada curso ou atividade seja devidamente registrado.
Em caso de fiscalização, acidente ou disputa trabalhista, esses papéis provam sua qualificação e seu cumprimento das obrigações. Mais do que burocracia, eles garantem que sua carreira não seja interrompida por falta de comprovação.
4. Atualize-se continuamente
O setor de alpinismo industrial evolui rápido: surgem novos materiais, técnicas de resgate e normas.
Participe de cursos avançados, palestras técnicas, webinars e treinamentos especializados. Leia publicações do setor, acompanhe entidades de classe e busque certificações internacionais, como ANEAC.
Essa atualização constante aumenta sua empregabilidade, permite atuar em projetos mais complexos e abre portas para cargos de liderança ou supervisão.
5. Seja protagonista da sua carreira
Profissionais informados e proativos são mais respeitados, menos vulneráveis a irregularidades e melhor remunerados.
Assuma a responsabilidade pelo próprio desenvolvimento: questione procedimentos, proponha melhorias, compartilhe boas práticas com colegas e mantenha sua documentação em dia.
Essa postura demonstra maturidade, reforça sua imagem no mercado e contribui para uma cultura de segurança que beneficia toda a equipe.
Mensagem final:
O alpinismo industrial é uma atividade de alto risco, mas também de grandes oportunidades. Quem combina técnica impecável, conhecimento legal e atitude profissional não só se protege como se destaca.
Em um mercado cada vez mais exigente, informação é mais do que poder — é proteção e valorização da sua carreira.
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ENTREVISTA
VOZES DO TOPO.
O crescimento do alpinismo industrial como solução para serviços em altura trouxe agilidade e eficiência, mas também inaugurou um novo patamar de responsabilidade. Ainda é comum encontrar gestores que acreditam que cumprir a NR-35 seja suficiente para garantir conformidade, quando, na realidade, o setor é regido por um conjunto complexo de normas e obrigações legais que vai muito além dessa referência.
Para esclarecer os principais desafios e apontar caminhos de prevenção, elaboramos uma série de perguntas que ajudam empresas e profissionais a compreender os riscos e a agir com segurança jurídica e técnica.
Nosso entrevistado deste mês é Júlio Vasques, profissional com mais de 40 anos de experiência em Gestão das Áreas de Manutenção Industrial, Projetos e Facilities. Sua trajetória passa por importantes segmentos, incluindo as organizações RCA Victor , SHARP , PHILIPS , Harris do Brasil , TV Record , WEST Pharma , Sara Lee Cafés do Brasil e Epson do Brasil.
Além dessa sólida experiência, Júlio teve participação ativa na elaboração de Procedimentos e Instruções de Trabalho, bem como em Auditorias Internas de Processos Administrativos e Fabris, trazendo um olhar técnico e estratégico para os desafios do setor.
1. Além da NR-35, quais normas e procedimentos são indispensáveis para uma empresa estar realmente em conformidade no alpinismo industrial?
A NR-35 é a norma de referência para o trabalho em altura, mas para que uma empresa esteja em plena conformidade legal e assegure um ambiente de trabalho seguro, é necessário considerar um conjunto mais amplo de Normas Regulamentadoras (NRs), Normas Técnicas (ABNT/ISO) e Procedimentos Internos. Entre os principais requisitos, destacam-se:
Normas Regulamentadoras (NRs):
- NR-35 – Trabalho em Altura
- NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
- NR-6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
- NR-1 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais
- NR-4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT)
- NR-5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
- NR-7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)
- NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
- NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
Normas Técnicas (ABNT/Internacionais):
- NBR 15595 – Acesso por Cordas
- NBR 16325 – Equipamentos de Proteção Contra Quedas
- NBR 15837 – Capacetes de Segurança
- NBR 14626 – Cinturões Tipo Paraquedista
- Referências internacionais como ANEAC e IRATA, reconhecidas no acesso por cordas
Procedimentos Internos Essenciais:
- Elaboração de Análise de Risco e emissão de Permissão de Trabalho (PT)
- Plano de Resgate e Emergência para situações críticas
- Check-list diário de EPIs e EPCs antes das atividades
- Registros formais de treinamentos e reciclagens
- Gestão e rastreabilidade dos EPIs, assegurando validade e manutenção
- Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) para atividades de rotina, como lavagem, pintura e inspeções
2. Na sua experiência, qual é o erro mais frequente das empresas contratantes ao selecionar fornecedores de serviços de acesso por corda?
O erro mais frequente é a superficialidade na análise do fornecedor. Muitas vezes, o foco se concentra apenas no custo, enquanto são negligenciados fatores essenciais como segurança, conformidade legal e a real capacidade técnica da empresa contratada. Essa escolha precipitada pode gerar riscos significativos, como a paralisação de atividades por ações de fiscalização, a ocorrência de acidentes graves e, consequentemente, a responsabilização civil e trabalhista da contratante.
3. Quais medidas práticas uma contratante pode adotar para se proteger legalmente e garantir a segurança em todas as etapas do processo?
Existem medidas práticas que blindam juridicamente e, ao mesmo tempo, elevam o nível de segurança. A contratante se protege quando seleciona o fornecedor com critério, indo além do preço e considerando a capacidade técnica e a conformidade legal. Também é fundamental formalizar contratos bem estruturados, com cláusulas claras de segurança, responsabilidades e auditoria. Outra medida essencial é exigir e verificar toda a documentação, incluindo o plano de resgate, além de fiscalizar a execução dos serviços de forma contínua. Por fim, documentar cada etapa do processo garante não apenas segurança, mas também respaldo legal em eventuais situações de questionamento.
4. Que orientações você daria aos profissionais de alpinismo industrial para fortalecer a carreira e manter a conformidade legal de forma contínua?
Oriento os Profissionais de Alpinismo Industrial que a sua carreira é exigente e profissional, que eles se mantêm competitivos e seguros se tiverem disciplina em estar em Conformidade Legal, Competência Técnica e Imagem Profissional.
Complementando, o Profissional de Alpinismo Industrial se manterá sólido e valorizado quando:
- Garantir a sua Documentação Legal em dia
- Cuidar e documentar seus EPI’s
- Investir em Certificações e Especializações Técnicas
- Ter postura de Segurança Inegociável
- Manter-se atualizado junto à Comunidade Técnica
5. Como você avalia a evolução da legislação para o setor nos próximos anos? Devemos esperar novas exigências ou fiscalizações mais rigorosas?
Vejo que o setor no Brasil ainda é relativamente jovem em termos de legislação, mas já mostra sinais de profissionalização e maior fiscalização. Também vislumbro um movimento de aproximação com padrões internacionais e um rigor crescente nas exigências.
Resumindo, entendo que podemos esperar:
- Mais exigências formais
- Fiscalização mais técnica
- Maior pressão sobre contratantes e fornecedores
- Valorização do profissional certificado internacionalmente
Agradecemos a sua entrevista, Júlio!
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NOVIDADES ALPCON
Na Alpcon, acreditamos que se especializar em técnicas é essencial — mas compreender nossos clientes é o que transforma conhecimento em confiança.
Dia da Excelência – Segunda edição de um encontro transformador.
O Grupo Alpcon promoveu a segunda edição do Dia da Excelência, reunindo colaboradores e convidados em um momento de aprendizado coletivo e troca de experiências. O evento teve como objetivo fomentar a cultura do aprimoramento contínuo, estimulando todos os participantes a repensarem práticas, compartilharem ideias e buscarem soluções inovadoras para os desafios diários do Alpinismo Industrial. A iniciativa reforça o compromisso da empresa em manter a excelência como norte, construindo um ambiente onde a qualidade e a evolução constante caminham lado a lado.
Mais uma turma se forma em Acesso por Corda ANEAC.
A cada ciclo concluído, reforçamos o compromisso da Alpcon Facility com a excelência na formação de profissionais de acesso por corda. Nesta semana, celebramos com orgulho a conclusão de mais uma turma ANEAC.
Com ela, já ultrapassamos a marca de 150 alunos formados em nosso CT, número que traduz não apenas quantidade, mas a qualidade e a confiança que os profissionais do setor depositam em nosso trabalho.
Ver nossos alunos se desenvolverem, conquistarem certificações e seguirem prontos para os desafios do mercado é o que nos motiva diariamente. Mais do que técnicas, levamos para cada turma a importância da segurança, da responsabilidade e da atualização contínua — pilares que sustentam o futuro do alpinismo industrial no Brasil.
A Alpcon Facility parabeniza cada aluno por essa conquista e reafirma seu orgulho em contribuir para o crescimento e a valorização da profissão.
Alpcon Serviços Amplia o Time.
A Alpcon Serviços não para de crescer — e com crescimento vem também a responsabilidade de qualificar cada vez mais os nossos profissionais. É com orgulho que anunciamos a ampliação do nosso time, reforçando nossa capacidade de atender clientes com ainda mais excelência, segurança e inovação.
Investir em pessoas é investir no futuro. Por isso, cada novo integrante passa por treinamentos rigorosos e programas de capacitação contínua, garantindo que nossos padrões de qualidade sejam mantidos e aprimorados. Crescer juntos é o que nos motiva — e essa expansão é apenas mais um passo na trajetória de sucesso da Alpcon Serviços.
Equipe Alpcon Serviços criada para a Unipar.
Estamos muito realizados em compartilhar mais um marco importante da Alpcon Serviços: a criação de uma dinâmica de atendimento totalmente focada na personalização e na especialização sobre o cliente Unipar.
O resultado? Um time preparado, alinhado e apto a entregar soluções precisas e eficientes, reforçando nosso compromisso com a excelência e com a experiência de quem confia na Alpcon. Mais uma vez, crescemos juntos com nossos clientes, fortalecendo parcerias e transformando cuidado e dedicação em resultados concretos.
Aprofundando laços de confiança com a Nitroquímica.
Na Alpcon, acreditamos que relacionamentos sólidos se constroem com confiança, dedicação e prática constante.
Tivemos a satisfação de realizar, junto aos colaboradores da Nitroquímica, um Simulado de Resgate conduzido por Felipe Souza, Coordenador de Resgate da Alpcon.
A ação reforçou não apenas a capacitação técnica da equipe, mas também o compromisso compartilhado com a segurança, a excelência operacional e a confiança mútua entre nossas equipes e o cliente.
Essa ação vai além do treinamento: é um momento de integração, alinhamento e fortalecimento dos laços de parceria, garantindo que cada colaborador esteja preparado para atuar com eficiência em situações críticas.
Alpcon no Sipat da Nitroquímica.
Outro motivo de extrema honra para o time Alpcon foi participar como convidado do Sipat na Nitroquímica. Estar presente em um evento tão importante reforça nosso compromisso com a segurança, a prevenção de acidentes e o bem-estar dos colaboradores do cliente.
Mais do que compartilhar conhecimento, tivemos a oportunidade de conectar experiências, estreitar relacionamentos e reforçar a confiança que construímos ao longo da parceria. Momentos como este nos lembram do impacto positivo que a Alpcon busca gerar em cada ação, fortalecendo nossa missão de excelência em serviços, treinamento e segurança.
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INSIGHTS MAKENOISE ESG
Quando se fala em ESG, é comum que o “S” seja lembrado apenas em iniciativas de diversidade, inclusão ou responsabilidade social. No entanto, há um aspecto fundamental que sustenta qualquer estratégia de sustentabilidade corporativa: a segurança das pessoas.
No setor de alpinismo industrial, onde o trabalho em altura envolve riscos elevados, não existe ESG genuíno sem respeito à legislação, à vida e à integridade dos trabalhadores.
Empresas que ignoram essa realidade ou contratam serviços sem o devido rigor legal colocam em jogo muito mais do que o cumprimento de normas: comprometem sua reputação, abalam a confiança de investidores, fragilizam relações com a sociedade e aumentam riscos financeiros e jurídicos.
Tratar segurança apenas como despesa é um equívoco. Boas práticas legais e de proteção à vida representam valor agregado, fortalecem a cultura corporativa e abrem portas para negócios responsáveis e duradouros.
Por que segurança é valor estratégico em ESG?
Social – Proteção real da vida e da dignidade do trabalhador
A dimensão social do ESG vai além de projetos de inclusão ou ações filantrópicas.
No alpinismo industrial, isso significa garantir que cada profissional retorne para casa com saúde e integridade, dia após dia.
Inclui fornecer EPIs adequados e certificados, assegurar treinamentos regulares, emitir e controlar ASOs (Atestados de Saúde Ocupacional) e cumprir rigorosamente as normas como NR-35, NR-6 e NR-1.
Empresas que tratam a segurança como prioridade constroem uma cultura de respeito e reduzem afastamentos, acidentes e processos trabalhistas.
Governança – Conformidade legal e mitigação de riscos
A governança se traduz em liderança responsável, transparência e compromisso com a lei.
Cumprir normas regulamentadoras e manter documentação completa (contratos, registros de treinamento, laudos de inspeção) é uma demonstração de seriedade perante clientes, órgãos fiscalizadores e investidores.
A ausência de controles e de auditoria em contratos de acesso por corda expõe a empresa a multas, paralisações, indenizações e ações civis ou criminais.
Uma governança sólida transforma a segurança em vantagem competitiva, pois garante continuidade das operações e atrai parceiros confiáveis.
Ambiental – Serviços com menor impacto e responsabilidade técnica
A dimensão ambiental, muitas vezes associada apenas à gestão de resíduos ou emissões, também se conecta diretamente à segurança.
Equipes treinadas e certificadas trabalham com planejamento técnico que evita danos à fauna, flora e estruturas, minimizando riscos de acidentes que possam causar vazamentos ou poluição.
A manutenção preventiva em altura, quando executada por profissionais qualificados, evita desastres ambientais e estruturais, preservando o entorno e a imagem da marca.
O uso racional de recursos e a escolha de equipamentos adequados também refletem consciência ambiental integrada à operação.
Compromisso que garante o futuro
O futuro das empresas depende de contratos que respeitem a lei, protejam a vida e fortaleçam a confiança social. No alpinismo industrial, cada assinatura deve vir acompanhada de verificação rigorosa de conformidade e de certificações, garantindo que fornecedores e equipes compartilhem os mesmos padrões de sustentabilidade.
Somente quando legalidade e segurança se tornam prioridades inegociáveis é que a sustentabilidade corporativa se transforma em um ativo real, capaz de gerar impacto positivo para trabalhadores, acionistas, clientes e para o planeta.