2023 é um ano de forte renovação nos quadros da Casa. Os novos concursados vão chegando e dando cara nova ao Senado. A instituição, por sua vez, vai acolhendo e orientando os novos integrantes. Em maio, durante 3 dias, o Programa de Integração forneceu informações, promoveu entrosamento e sobretudo deu boas-vindas para consultores legislativos e de orçamento, advogados e taquígrafos que iniciam um nova jornada no serviço público.
O diretor-executivo de gestão do Senado, Márcio Tancredi, explicou a importância de se familiarizar com o Senado e as diferenças entre cada grupo que chega. Conversando com os novos consultores ele disse que é preciso conhecer a rotina da Casa.
— Como funciona uma sessão no Plenário, como atua a Secretaria-Geral da Mesa. Esta é a base para entender como são encaminhadas as grandes questões do país.
O novo servidor, Felipe de Paula Lira, elogiou o Programa de Integração e diz ter boas expectativas em relação ao trabalho na Casa.
Em junho o Senado também deu as boas-vindas a 56 policiais legislativos e cinco analistas legislativos. A cerimônia de posse aconteceu no auditório Petrônio Portela e, além dos novos servidores, estiveram presentes diretores da Casa e familiares dos novos servidores.
Alessandro Morales e Gilvan Viana, diretor e coordenador da Secretaria de Polícia do Senado Federal (Spol), contaram um pouco da história da instituição.
— Os novos colegas vão perceber que nesta Casa formamos uma verdadeira comunidade. Nós retribuímos, com muito trabalho e dedicação, todo o apoio que recebemos — disse Alessandro.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que os novatos entraram para a polícia mais qualificada do Poder Legislativo brasileiro. Segundo ele, todos ali aceitaram uma missão de carreira e de vida.
— A história provou a importância de vocês. A Spol é feita para proteger o Legislativo e a autonomia e independência do parlamentar. Vocês estarão imbuídos desse espírito a partir de hoje — ressaltou.
A diretor da Secretaria de Gestão de Pessoas (SEGP), Gustavo Ponce, ressaltou que a criação da Polícia Legislativa aconteceu devido à ênfase na separação de poderes instituída pela promulgação da Constituição de 1988. Ele destacou também que a previsão dos concursos para formar o corpo funcional de servidores públicos surgiu na mesma época e fortaleceu o Estado.
— A estrutura de servidores efetivos fez a diferença no Estado brasileiro e é uma obra de mais de 30 anos feita por bravos políticos brasileiros. Hoje, os novos colaboradores ingressam na oportunidade de entrar para a história do Brasil. É um momento pessoal e profissional que muda uma vida — concluiu.
A diretora-geral da Casa, Ilana Trombka recordou os eventos de oito de janeiro para exemplificar a importância da força policial para a manutenção da democracia. Segundo ela, o próprio auditório onde a cerimônia aconteceu não foi depredado graças à atuação dos policiais, que resistiram aos agressores no Túnel do Tempo.
— Quem estava aqui em oito de janeiro teve uma vivência dolorosa e contundente. Sentimos a destruição, vimos a água encharcando os carpetes, sentimos o cheiro de urina. Naquele dia, a Spol teve papel fundamental, ela foi a primeira polícia de todo o Brasil a prender invasores — lembrou.
A diretora também aproveitou a ocasião e prestou homenagens ao ex-diretor da Spol, Pedro Ricardo Araujo Carvalho, que faleceu em 2021 por complicações em decorrência da covid-19.